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A única força legítima a se impor



A Vontade Popular é a única força legítima a se impor, por representar o desejo predominante da nação; e nisso as forças armadas, como último recurso de soberania, deveriam com submissão proteger o anseio de sua população mantenedora, assegurando seu cumprimento e manifestação explícita em plebiscito frequente. A necessidade de tal recurso belicoso advém da Constituição Brasileira que expressa “o poder emana do povo”, mas a máquina política é engessada para não fugir do esquema de regalia particular em detrimento do propósito principal do Estado de servir a todos.

Se o povo é soberano, deve se armar fortemente para garantir a ingovernabilidade de qualquer autoritarismo que tente domesticar sua liberdade; que deve ser absoluta dentro do asilo do lar, para plantar qualquer árvore e realizar todas as fantasias até onde haja consentimento unânime. Esta liberdade deve ser próxima da anarquia, até onde não fira outro cidadão, devendo contemplar a todos municipalmente setorizados, do desejo mais promíscuo, ao conservadorismo mais rígido; todos municiados e com sua arma guardada em cofre, na residência, porque a pessoa armada na rua é delinquência, mas a população armada é possibilidade de revolução, que será justa se acolhida por ampla maioria de seu povo. Esse parece ser o pilar de toda liberdade, porque a proibição às armas é seu próprio alçapão, é prenúncio de tirania.

Assim, toda força que não vier da vontade popular será déspota, sectária, uma ameaça à liberdade que é o bem mais precioso da democracia; mas o poder está nas mãos dos interessados e tanto a censura quanto o zelo pelo sigilo são confissão de crime, como também da intenção malévola de continuar usurpando a maioria desarticulada, dando seguimento à tradição da degradada colonização portuguesa. No entanto, se a vontade popular desejar, poderá determinar um trato diferenciado aos recursos do erário, com vigilância aberta a concursados, criteriosamente credenciados para quebra de todo sigilo público e privado dos envolvidos no trâmite de valores e favorecimentos; com absoluta prioridade de investigação e judicialização, como também aplicação imediata de pena prolatada, desprotegida de qualquer benefício, pois a complacência para com os corruptos é perversidade para com a gente desassistida.

O rigor no trato penal, associado com a abertura à iniciativa individual de fiscalizar o dinheiro público, generosamente recompensada, deve conter a sangria, mas é preciso acrescentar a contenção dos gastos através da desestadualização do Brasil, para sermos apenas União e Municípios, evitando desperdício de administração redundante com governadorias, secretarias, assembleias e toda sua corte. A vereança deveria ser uma doação pessoal não remunerada, pré-requisito a todo os demais cargos eletivos, imunes a reeleição, porque é óbvio que suas raízes sugam recursos do Estado. Também é óbvio que a nação estará dividida enquanto a Suprema Corte Jurídica for política, pois tomam parte do jogo deste poder, servindo a partidos e desequilibrando o tripé republicano; o país requer um judiciário único formado por magistrados de carreira exclusiva, revitalizada pela eficiência de volumes condensados em singular lauda e com seu presidente igualmente eleito pelo povo.

Em toda eleição ou plebiscito eletrônico, o povo deveria ter o controle da auditoria em suas próprias mãos pela abdicação do sigilo, mas se a vontade popular desejar manter a confidencialidade do voto, minimamente garanta a lisura pela impressão controle, retida para conferência da totalização dos votos. É preciso formar índices de avaliação da gestão pública, comparável e compreensível ao eleitor. Também é preciso eliminar desperdícios na administração dos impostos, que se destinam à prestação de algum serviço, normalmente precário e caro; nesse sentido, viável seria conceder compensação dos impostos aos contribuintes que se dispuserem a realizar tais serviços com menor orçamento e maior satisfação.

Se a vontade popular desejar, se manifestará em plebiscito para assim impor e encerrar os dias de cativeiro em seu próprio país. Talvez seja a centelha para desabrochar o Brasil como coração do mundo e pátria do evangelho, luz para os povos ao reordenar seu Estado num modelo mais eficaz que a época das Capitanias Hereditárias; e esse caminho é de Deus, de YHWH, que tudo guiou, sempre prezando a Liberdade, a Verdade e a Alegria.